Devo desde já dizer que concordo plenamente com este Senhor Leonel Fadigas, arquiecto da UTL, universidade à qual curiosamente pertenço.
Vou copiar integralmente o artigo retirado de
Ambiente OnlineA três dias das eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa, Leonel Fadigas, professor de arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, critica a inexistência de uma verdadeira campanha eleitoral. «Não há ideias para a cidade, falou-se apenas da crise financeira, que é certamente uma questão importante. Não existe, porém, uma visão estratégica para a gestão da cidade de Lisboa», aponta.
Para este arquitecto, «nos últimos tempos o ambiente e política urbanos têm sido maus, basta olhar para os espaços verdes, as vias pedonais, a falta de cuidado e a degradação das ruas com manifesta falta de limpeza e inundada de mupis, painéis e placas». A Avenida da Liberdade é um dos pontos negros apontados por este especialista em planeamento urbanística, onde, defende, «faltam espaços para os peões, sendo que em alguns sítios duas pessoas não conseguem cruzar-se com um chapéu de chuva aberto». A requalificação do Parque Florestal de Monsanto é, em contrapartida, um dos únicos aspectos positivos que aponta.
Leonel Fadigas advoga que uma das prioridades para Lisboa « deve ser a reformulação do tráfego e dos transportes para que a cidade fique mais disponível para as pessoas». Segundo afirma, «não faz sentido termos os autocarros urbanos a repetirem os percursos do metropolitano, termos zonas sem cobertura de metro ou autocarro e outras em que o transporte colectivo segue quase vazio». Falta, em suma, uma articulação da política de transportes e mobilidade.
Por outro lado, o arquitecto assume como prioritário o fim das obras no Terreiro do Paço e a articulação de uma política de renovação do tecido urbano mais envelhecido da cidade, de forma a atrair mais pessoas e, sobretudo, jovens.
Ai a política e as suas complexidades!
Andas a gostar de seguir essas intercalares amor =)
Qual é o melhor candidato para ti?
Amt mt
É assim, interesso-me vagamente e tenho interesse em ouvir, mas não defini o candidato no qual votaria, talvez porque não vá votar, visto não ser lisboeta.
Sei que vai ganhar o António Costa, porque o Carmona vai roubar os votos ao Fernando Negrão e no fim, nem um nem outro.
Simpatizo com a Helena Roseta. Mas mais não posso afirmar. Visto que o que sei são umas coisas soltas aqui e ali.
Quem não pode mesmo ser é o candidato do PNR, que refeir num post anterior. Sinceramente nem o nome do senhor sei, mas ele não definitivamente.
Amt mt
De Pedro a 14 de Julho de 2007 às 14:17
O que esse arquitecto não tem em conta, e certamente tu também não, é que estamos perante eleições intercalares. Eleições de manutenção por assim dizer.
Digamos que as eleições autárquicas são feitas de 4 em 4 anos porque 4 anos é o tempo minimo para se conseguir por um projecto eleitoral. O msm projecto eleitoral que é aprovado pelos eleitores aquando do voto.
Dado que estamos perante eleições intercalares, causades pela renúncia de mandatos por Vereadores, não faz sentido absolutamente nenhum investir na campanha para umas eleições que vão ser repetidas daqui a 2 anos. É bom ganhar a câmara, porque quem o fizer terá alguma vantagem dentro de 2 anos. Porém não é prioridade e certamente não é útil fazer promessas e arriscar investimentos de vulto em algo com prazo tão reduzido. E não esquecendo também o facto de que a aplicação do programa dos Vereadores cessantes vai a meio. Caso os programas sejam diferentes, o que até parecem ser dado que eles passam o tempo à estalada, será gasto ainda mais tempo e dinheiro.
Estas eleições só trazem vantagens a candidatos como José Sá Fernandes ou Helena Roseta. Também trazem ao Carmona, mas ideal para ele era msm não ter perdido a câmara ;)
Infelizmente vi o teu comentário em dia de reflexão, e sinceramente da forma como anda a blogosfera não quero ser processada nem que me aconselhem a deixar de postar...
Tu tens razão naquilo que dizes, mas se analisares vagamente algumas das propostas vais encontrar coisas que vão contra a elaboração de planos que se cumpram em dois anos... E por aqui me fico.
Caso sejas lisboeta espero que hoje vás votar.
=)
De Pedro a 15 de Julho de 2007 às 15:55
E fui. Sinceramente não apetecia estudar Química II portanto achei por bem ir ali abaixo à escola votar.
É natural que eles ponham alguma substância nas promessas. Apesar de tudo eles querem que votem neles, se forem para lá dizer que "não vão fazer nada porque são só dois anos" ninguém vota neles. Portanto, vê-se os grandes partidos a fazer promessas modestas tais como "A Câmara vai funcionar" ou "Aqui quem manda é o Presidente não é o Governo" enquanto outros como o José Sá Fernandes prometem mundos e fundos. A razão desta diferença é simples. Os pequenos partidos podem prometer mundos e fundos. Isso só lhes aumenta o eleitorado e não têm o inconveniente de ter que cumprir promessas porque nunca vão estar numa posição de poder. Daí que seja muito natural que alguns prometam muito e outros prometam pouco. No fim vamos a ver, só o pouco é que foi feito.
Enfim, política ;)
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